Não existe dúvida de que todas essas práticas são benéficas, desde que não sejam muito intensas a ponto de deixarem a pessoa ofegante e aumentarem demais sua frequência cardíaca, e nem sejam de grande impacto para joelhos, tornozelos, cotovelos e, principalmente, coluna vertebral. O ideal é que antes de iniciar qualquer programa de exercícios físicos, a pessoa consulte um médico e se conscientize plenamente dos limites que deverá observar.
As atividades devem ser motivadoras, prazerosas e realizadas regularmente de 3 a 6 vezes por semana, de preferência sob a orientação de um profissional de Educação Física. Existem dois tipos de exercícios físicos: aeróbicos e localizados.
O termo aeróbico refere-se à utilização de oxigênio pelos músculos, para produção da energia necessária à atividade física. São exemplos de atividades aeróbicas: caminhada, corrida, ciclismo, natação, dança (inclusive a de salão), entre outras. Porém, essas atividades são aeróbicas somente se praticadas numa intensidade leve ou moderada.
Quando praticadas numa intensidade elevada, passam a ser anaeróbicas, isto é, sem muita dependência do oxigênio: a pessoa fica com a freqüência cardíaca acelerada e a respiração ofegante comprometendo a sensação de bem-estar que deve estar presente já durante a prática dos exercícios, e não apenas após seu término. Até mesmo caminhadas com passos muito acelerados podem tornar-se anaeróbicas, cansativas e perigosas para o coração.
Enquanto as atividades aeróbicas movimentam todas as partes do corpo, os exercícios localizados normalmente se restringem a apenas uma, duas ou três regiões ou grupos musculares. De acordo com essa definição simples, os exercícios localizados e os de musculação muitas vezes se confundem.
Os exercícios de flexão e extensão dos braços, por exemplo, com a pessoa deitada de frente para o chão e com o apoio das pontas dos pés, e os exercícios de supino, com a pessoa deitada de costas num banco e erguendo uma barra sobre o peito, ambas são atividades localizadas e também de musculação, pois há uma sobrecarga (do corpo ou da barra com pesos) para a contração dos músculos. Da mesma forma, exercícios abdominais e de elevação numa barra são também considerados atividades localizadas e de musculação. Mesmo não havendo uma barra ou halteres a serem levantados, o próprio peso corporal pode ser a sobrecarga.
Tanto os exercícios aeróbicos quanto os localizados, ambos são benéficos ao organismo, causando adaptações distintas. Os aeróbicos causam adaptações que tornam os músculos mais resistentes. Isto é percebido quando a pessoa não sente mais dores no dia seguinte a uma caminhada ou corrida.
Também o coração passa a trabalhar menos, pois se adapta aumentando o tamanho de suas cavidades, o que acarreta perceptível diminuição no número de batimentos cardíacos, sem prejuízo do fornecimento de sangue para o corpo. Os exercícios aeróbicos também propiciam diminuição da gordura corporal e no sangue (colesterol), minimizando os riscos da formação de placas de oclusão de artérias (ateromas), infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
O principal benefício dos exercícios localizados e de musculação é o aumento da força, da massa muscular e do gasto de energia, mesmo durante o repouso, quando os músculos se encontram pouco ativos. Os exercícios localizados e de musculação apresentam como principal benefício o aumento da força, da massa muscular e do gasto de energia, mesmo durante o repouso, quando os músculos estão pouco ativos.
Assim, como tanto as adaptações dos exercícios aeróbicos quanto os benefícios dos localizados ou musculação são desejáveis, o ideal é que os dois tipos sejam combinados em cada sessão de treinamento num mesmo dia, ou alternando-se atividades aeróbicas num dia e exercícios localizados em outro. Para ambos os tipos, é indispensável a adoção de uma dieta equilibrada.
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